sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O FENÔMENO DAS ESFERAS LUMINOSAS

ARQUIVOS DO IIEE

O fenômeno OVNI é um fenômeno multidiciplinar, no que intervêm fatores epistemológicos de diferentes naturezas: físicos, químicos, biológicos, geológicos e um longo etcétera.
No entanto, a experiência na investigação demonstra também que o fenômeno trasciende destas índoles e tem de abordar desde uma perspectiva mais acientífica e indagando em outros níveis de consciência, o qual não significa que não seja possível se apoiar assim que seja possível em nossos conhecimentos disciplinares de forma aplicativa para ir avaliando os diferentes comportamentos fenomenológicos.
E nossa própria ciência permite-nos afirmar que muitos deles escapam ao lógico entendimento, ainda que os ortodoxos da mesma se empenhem continuamente em nos fazer crer o contrário.
Vou apresentar-lhes um tipo de fenômeno bastante complexo, pouco tangible e de difícil demonstração.

Falo-lhes, concretamente, de bolas luminosas, foo-fighters, boules de feu, kugelblitz ou outras denominaciones segundo o idioma que selecionemos, que não são outra coisa que esferas ígeneas, ou bolas de luz que têm sido contempladas tanto em exteriores como em habitáculos de interior de moradias, e neste último caso com freqüência têm sido sócias ao apartado de visitantes de dormitório.
Minha intenção não é lhes falar sobre que finalidade podem ter estas presenças, porque teríamos de entablar um debate uma por uma sobre diferentes possibilidades, teorias e hipóteses (que se sondas extraterrestres, aparecimentos paranormales, telergias, etc, etc), senão mais bem, do fenômeno em si quanto a seu grau de extrañeza e lhes demonstrar que sua existência não é explicavel sempre empiricamente, como nos querem fazer crer os céticos de turno, que costumam falar de raios globulares ou raios em bola, e qualquer acontecimento ufológico no que intervenha qualquer tipo de esfera em movimento acaba sendo etiquetado como tal.
Para isso se faz imprescindible conheçam os fundamentos científicos até agora descobertos sobre este elemento globular e possam assim aceder a suficientes dados como para dispor de uma opinião quando se enfrentem a qualquer leitura deste tipo de anomalías, e não aceitem que lhes narrem fábulas científicas maquilladas para encuadrarlas dentro de uma fenomenología de aparente normalidade física, quando muitos de seus parámetros não concordam para nada com a natureza do observado por algumas testemunhas.

O raio globular, fisicamente, é um fenômeno atmosférico, de origem elétrico que se origina em muito raras ocasiões, quase sempre durante uma tormenta e que costuma aparecer junto ao pé da descarga de um raio, manifestando com o aspecto de uma pequena esfera resplandeciente que se move erráticamente pelo ar (este detalhe é importante).

Os estudos de astrofísico austriaco Whittman sobre uma centena de casos levaram-lhe a determinar, que na faixa do oitenta por cento as observações acaecieron em período estival, e o setenta por cento durante o transcurso do trovão de uma tormenta. Sua duração média se cifra em torno da faixa dos cinco segundos; em isso coincidem quase todos os estudiosos, ainda que em alguns depoimentos difiere algo mais. Seu tamanho não chega a superar os 20 ou 25 cms, ainda que em algumas manifestações parecem ter adquirido os 35 cm (14 pulgadas).
Está determinado por uma cor geralmente amarela ou laranja, fundamentalmente o primeiro, mas também como brancos e azuis.

Apagam-se de modo instantáneo e silencioso, e em casos muito concretos, fazer com estrépito explodindo. Os depoimentos quase nunca falam de cheiro, e naqueles casos onde o teve costuma ser parecido ao do dióxido de azufre (azufre queimado). Seu movimento é ondulante em direção horizontal.
Existem numerosas teorias sobre sua formação.

Uma das mais estendidas é a que sustentam os pesquisadores espanhóis José Luis Trueba e Antonio Fernández Rañada, da Universidade Complutense de Madri, que explicam que se origina de ar ionizado conteúdo dentro de um campo magnético, no que tem existido uma separação de muitos de seus electrones, se produzindo uma forma de ovillos de forma complexa.
Seu estudo publicaram-no na revista Nature. John Abrahamson e James Dinnis, da Universidade neozelandesa de Canterbury, sustentam que estes "objetos" são produto de partículas incandescentes de silicio, que são tremendamente reativas e se combustionan emitindo luz durante a mesma e que surgem dos minerales afetados quando um raio atinge o solo.
Estas partículas se uniriam formando correntes entre si e se unindo estas a sua vez até formar bolas que depois são movidas por correntes de ar.

Numerosos cientistas e pesquisadores de todo mundo têm estudado e seguem o fazendo, a natureza deste fenômeno, que ainda não está resolvido pela física atmosférica, porque efetivamente, apesar das numerosas teorias e tentativas ainda não se pôde reproduzir em um laboratório e todos os trabalhos se remetem a estudos de relatórios sobre sua observação.

Apesar do exposto e de que existe ainda um desconocimiento científico sobre este fato, o raio em bola é com freqüência usado como uma explicação de alguns FOVNI, sem ter tido em conta se o comportamento se assemelha aos descritos como intrínseco deste fenômeno lumínico.

Alguns, como o canadense Argyll, afirma que estas bolas luminosas são uma ilusão óptica provocada pelo deslumbramiento do resplendor de um raio, e tenta explicar assim o por que não se encontra um mecanismo físico demostrativo. Obviamente, recusa aqueles casos com evidências físicas de sua presença, simplesmente porque se é uma ilusão óptica, é irracional que deixe efeitos físicos. Essa é sua ciência.

Em Espanha, os céticos criaram em seu momento o conhecido como Catálogo de Relatórios de Aterrissagem OVNI negativos, de cuja comissão que se criou para sua revisão fiz parte.

No ano 1991 realizei um estudo estatístico sobre o citado Catálogo negativo, e no mesmo obtive, entre outros dados, que o 17.60% do total dos cifrados até essa data, eram raios em bola segundo estes amigos da incredulidad. Dito de outro modo, 1.76 em cada 10 casos negativos, segundo eles eram raios em bola.
Permito-me chegado aqui recordar-lhes que este fenômeno físico é extrañísimo que se produza, e que a própria ciência assim o considera.
A este passo, dito de forma irônica, os pesquisadores ufológicos deixaremos de sê-lo para converter-nos em pesquisadores de raios globulares, e então, sem dúvida que nos viriam dizendo que os raios em bola só existem em nossa mente calenturienta. Aposto-lhes o que queiram.

Valha o dito para que comprovem como se manipula e clarifican relatórios com patrões preconcebidos. Depois, ataca-se-nos aos pesquisadores com o alegato de que somos pouco objetivos.

Um dos casos de esfera ígnea estudados pelo Instituto de Investigações e Estudos Exobiológicos (IIEE) em uma investigação de campo in situ foi o acaecido o 6 de setembro de 1980 na finca "Quatro Quartos" de Torrejoncillo (Cáceres, Espanha). O assunto decorreu mais ou menos assim: "uma 'bola' ou 'cone' de fogo, segundo as diferentes definições que lhe foram dadas, foi observada por um pastor na finca mencionada, como se de um lume girando se tratasse.

Depois de uns segundos de observação, esta tomou direção à casa, onde se bifurcó em duas ao chegar a sua altura e passando pelos laterais da mesma.
A uns 10 m da parte de atrás, as duas bolas de fogo voltaram-se a unir em uma sozinha e afastou-se em direção a uns encinares.
Justo dantes de chegar a eles, interrompeu seu movimento e bruscamente se dissipou. O fenômeno deixou evidências físicas no terreno, tais como queimaduras na vegetación, animais calcinados e multidão de defeitos.
Segundo análise do IIEE de alguns minerales afetados, estes apontam que estiveram submetidos a temperaturas entre os 1000 e 2000 ºC.

Em diferentes bilhetes da História encontramos que existem depoimentos e descrições de diferentes tipos de esferas.

Também em pinturas e escritos.
Os gregos antigos divulgaram ver bolas que brilhavam intensamente movendo pelo céu.
No século VI, San Gregorio de Tours narra como uma esfera se colocava no ar em cima de uma procissão.
O "Ramayana" da cultura indiana, assegura que as vimanas (artefatos voadores) eram de forma esférica com homens em seu interior que podiam realizar grandes distâncias em pouco tempo. A relação de textos seria interminável.
Comuns são também os aparecimentos de diferentes tipos de bolas em alguma que outra casuística de abdução.
Algo bem como se a bola fosse o braço ejecutor que neutraliza as percepções sensoriais do sujeito eleito dantes de ser raptado e transportado a outros lares.
Há estudos realizados da conseqüência de alteração elétrica produzida pelo suposto OVNI e da disfunção cerebral em conseqüência da energia dos campos magnéticos.
Mas é outro tema.
O fácil, nestas anomalías, como em tantas outras, quando não se pode explicar o por que de algumas questões fenomenológicas, é consetalas dentro de nossos míseros conhecimentos científicos.

Tenham a certeza de que algo que se escapa a nosso entendimento está ocorrendo a nosso arredor, e que incansavelmente temos de trabalhar para nos acercar a isso.
Isto só tem sido um esboço.

Poderia ter-lhes indicado um sem fim de dados mais de caráter técnico, mas não era essa a questão, senão lhes criar a inquietude por tratar de saber mais de algo em concreto entre os numerosos episódios de nossa ignorância.



Uma vez mais demonstra-se a necessidade de investigação para o avanço de nosso conhecimento, como sempre tem sido no dever da Humanidade.

Algo que, me creiam, não se faz normalmente nesta disciplina, contaminada por políticas e interesses completamente alheios à mesma (jornalísticos, egocéntricos, etc) e que tanto dano está fazendo não só a quem temos na Ufología uma forma de satisfazer nosso intelecto, senão a quem também não conhecemos melhor caminho para chegar à verdade.
Meu conselho, e meu ponto final, é que não criam nem aos negados nem reprimidos, nem por outra aos charlatanes de artigo fácil e exclusiva jornalística, aos que só interessa se nutrir economicamente do fenômeno.

Sejam sempre objetivos, apostem pela investigação livre e sem preconceitos, analisem, consultem, se documentem.
E em todo isso, parafraseando e homenageando ao maestro e amigo Pedro Valverde, "que vossa mente sosegada, seja vossa melhor conselheira".

Autor: José M. Moya

Pesquisador parafísico e exobiológico. Fundador e presidente do Centro de Estudos Parafísicos "Hynek". Cofundador do Conselho de Pesquisadores Ufológicos Espanhóis. Membro do Instituto de Investigações e Estudos Exobiológicos. Membro da equipe de investigação "Projeto Delfos". Editor da extinta publicação "Investigação OVNI". Membro da Comissão Internacional de Estudos Físicos do FOVNI. Colaborador de Espaço Compartilhado".

IIEE Delegação Chilena © 2003. Todos os direitos reservados.
Consultar mais em - http://www.iiee.cl
Tradução Espanhol / Portugues

1 comentário:

  1. Antes eram os deuses, mais os fantasmas, agora são os óvnis. Acredito em vida extraterreste, porque seria uma grande ganância querermos o universo só para nós, mas creio que há óvnis a mais, e nem falamos nos americanos que até dizem que têm sexo com alienígenas. Há muitos fenómenos naturais que de certeza são confundidos com óvnis - raios globulares, raios ascendentes, luzes de terramoto, etc. A primeira pessoa que me falou nas luzes de terramoto viu uma em 1969 quando ocorreu o terramoto de Fevereiro desse ano. Eu só tinha 5 anos na altura, mas nunca mais me esqueci do terramoto, a pessoa, quando eu tinha uns 17 anos, falava nesta luz que a fez abandonar a pesca por medo. Sou de uma terra propensa a trovoadas, vi muitas ocorrências quando a trovoada "fermenta" (como dizemos no Alentejo), em que os trovões nao se ouvem, mas ocorrem raios. Os estudiosos do fenómeno óvni devem separar trigo do joio, para que tenham credibilidade. É assim como os estudiosos do paranormal, onde me incluo, que devem separar tudo o que se diz, porque a maior parte das assombrações nada têm de paranormal, mas são fruto do mito, lenda, ou factor medo. Nunca vi um óvni, e até moro numa zona em que seria fácil vê-lo (campo, serra de loulé), já vim ao quintal altas horas da manhã até com esperança de ver um, mas o mais parecido que consegui ver foi um cometa. Não perdi a esperança, estou receptiva, que eu até sou como S. Tomé, ver para crer, e se os óvnis existem, ainda hei-de ver algum. Vivemos a era óvni, já não há deuses, não há fantasmas, apenas "antigos astronautas" que resolveram vir ajudar-nos a construir a "Atlântida", por exemplo. O problema de qualquer coisa é sempre o exagero. Cumprimentos.

    ResponderEliminar