quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Marcondésia também tem canavial deitado

Riolândia, Araraquara, Limeira, Suzanópolis... e agora, Marcondésia.
Moradores do pacato distrito de Monte Azul Paulista, cidade a 97 Km de Ribeirão Preto, comentam curiosos o tombamento que atingiu um canavial no sítio Santa Rita, na zona rural.
O sítio tem apenas três alqueires e pertence à família Maziero há décadas. Lá, se planta cana-de-açúcar para a produção de caldo de cana (garapa).
“Era de meu pai, depois foi de meu irmão e hoje é meu”, conta Edson Aparecido Maziero, 48 anos, dono de uma oficina mecânica em Marcondésia, terra natal de Rubem Cione, considerado o maior pesquisador da história de Ribeirão Preto.
Segundo ele, nunca antes um canavial tombou daquela maneira.
“Causa natural, não deve ter sido, não. Se fosse uma ventania forte, o canavial tinha tombado todo para um lado, mas não foi assim que aconteceu”, explica.
Há duas semanas, de uma terça para uma quarta-feira, uma área circular dentro do canavial amanheceu deitada, literalmente no chão. As plantas não quebraram. Naquela madrugada não há registro de chuvas ou vento forte no distrito.
“Os pés de cana apenas deitaram, no sentido horário. Ficou muito bonito. Agora, o que fez isso, eu não sei não”, comenta.

Diferente
O canavial que tombou em Marcondésia é diferente do que vem ocorrendo em Riolândia, na divisa com Minas Gerais, cidade que foi literalmente invadida por especialistas em ufologia (veja na página A12).
Lá, desde o dia 20 de janeiro, surgiram dezenas de áreas de cana tombada. As plantas não quebram, apenas amanhecem amassadas. Mas todos tombam para o mesmo lado.
Maurício Pereira da Silva, 39 anos, dono da pousada Piapara, em cujo entorno surgiram as primeiras áreas de canavial tombado, explica que a cana parece “ter sido penteada”.
“Os pés apenas deitam. A palha continua na cana. Vento não pode ter sido”, explica Silva.

Mistério, sim
O engenheiro Luís Fernando Zorzenon, da Cati/Ribeirão Preto, não tem explicação para o fato de um canavial tombar de forma circular e no sentido horário.
“Não saberia explicar a razão de a cana ter tombado no sentido horário. Isso eu nunca vi. Mas, afinal de contas, um pouco de mistério sempre encantou o homem, desde a antiguidade”, argumenta Zorzenon.

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